terça-feira, 18 de outubro de 2011

Da impossibilidade dos amores ou da possibilidade dos amores possíveis

O quê sabes tu da impossibilidade dos amores? O quê sabes tu sobre amores de alma? Acaso tivestes um amor de alma?  Milhares?  E o tempo destruiu? Ah, sei, sei. Percebestes que um rio,  invariavelmente, encontrará o mar? Só há um jeito para que um rio não chegue ao mar: represando o rio. Sou aquela que muda o curso das águas,, que mata a sede no deserto e se transforma. A represa sempre transbordará. E se abrirá outra represa, mais outra, mais outra, até que as represas cobrirão a terra e não haverá outro espaço para o rio que não seja chegar ao mar. Porque o oceano e rios são de marés, e o mar precisa dos rios assim como as sereias precisam das estrelas, assim como a dançarina precisa do som do bandolim para dançar melhor. Somos oceanos cercados por rios e peixes por todos os lados.  Entardece  e amanhece porque os pássaros voam. 

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