segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Ismélia
                           Silvana Pimentel Batista


Meu nome é Ismélia,
De asa partida,
E pus na ferida.

Se nome não lhe dou,
Dou-lhe o sonho das borboletas prateadas,
Que florescem no mês de Março.
E cruzam na estrada,
Prá lá e prá cá,
Voejando e se exibindo.

Debaixo do coqueiro,
Fica a alma da Beegle envenenada,
Que sai às vezes,
Para me fazer companhia...
E corre, abanando o rabo,
Alegre por existir novamente.

O riacho sem perigos tem cobras
Água cristalina reproduz melhor as trutas,
Enquanto bebo café,
Observo a casa de marimbondo,
A grama crescendo,
Os jasmins me envolvendo
Eu, me perdendo de saudades...
Daquilo que ainda não tive. 

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