Por Silvana Pimentel Batista
Vinho e pizza,
Cigano e cigana,
Terminou.
Terminou?
Sei não... sei não...
Desejo abafado incomoda sempre...
Melhor seria
Em vez de medo de sofrer
Agarrar o medo de não viver.
O seu pensar, atrai o meu...
Observo a velhinha comendo a pizza.
Enquanto a bengala dorme e espera.
Metade margarita,
Metade portuguesa.
Penso nele,
E no seu avô judeu...
Sou também descendente de judeus portugueses,
Transmutada,
Camuflada,
Rejeitada.
Eu também, sozinha.
Velhinha.
Sou aquela que come pizza
E bebe seu próprio sangue.
A solidão caminha em volta da minha casa, à meia noite.
Nenhum comentário:
Postar um comentário